sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Santana prefere agir, Costa esperar

O estado a que chegaram alguns (infelizmente muitos) prédios do centro de Lisboa torna imprescindível a aposta na reabilitação urbana. Podemos tentar esconder os prédios com graffitis ou com lonas de publicidade gigantes, mas não podemos dissimular a degradação de alguns prédios, e deixar assim uma má imagem da capital de Portugal.

Com toda a propriedade, Pedro Santana Lopes criticou recentemente a (falta de) política da CM Lisboa nesta área. O ex-presidente e actual vereador da CML defendeu que a reabilitação urbana "deve ser a prioridade" da CML e recordou que inclusivamente existe o PIPARU "um programa com verbas que ultrapassam os 200 M€".

Em resposta, António Costa, revelou alguma desonestidade intelectual e fugiu ao problema. Disse que "A Câmara precisa de 8.000 M€ para fazer a reabilitação urbana em toda a cidade". Ora, mas alguém disse que era preciso fazer tudo de uma vez? (fez-me lembrar Sócrates e o episódio de pagar a totalidade da dívida pública em 2012).

Pior do que isso, mesmo alertado para os factos, e com a realidade à sua frente, António Costa preferiu adoptar uma postura apática. Diz-se "confiante que Lisboa vai conseguir avançar uma vez ultrapassada a conjuntura que o País está a viver" e espera "que a nova lei do arrendamento inverta esta situação". Ou seja, a única coisa que pretende fazer é, esperar.

2 comentários:

  1. "Com toda a propriedade"... LOL. Este blog é hilário!

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  2. Caro anónimo,

    Em primeiro lugar dizer-lhe que sou o tipo de pessoa que gosto de crítica (positiva, negativa, justa ou injusta). Aceito de bom grado e até gosto. Daí não ser daqueles que tenta de alguma forma vingar-se ou devolver o mimo a quem me criticou. Pode portanto deixar de ter receio de "represálias" e assumir o seu nome/perfil nos comentários

    Em segundo lugar explicar-lhe a expressão e ao mesmo tempo questioná-lo sobre isso mesmo. Pedro Santana Lopes foi presidente da CM Lisboa e seu vereador durante anos. Desde sempre tem sido um dos políticos mais preocupados com a governação e o desenvolvimento da cidade de Lisboa. Não terá ele "proriedade" ao falar sobre o tema? Quem mais do que ele?

    De resto, alerto-o para o seguinte facto. As regras da boa convivência, da boa educação e do bom senso, permitem-nos obviamente discordar da opinião alheia, mas obrigam-nos a respeitá-la e respeitar quem a tem. Daí que o adjectivo "hilário" (no seu comentário) seja desadequado para quem pretende ter uma discussão saudável. A não ser que esse não seja o seu objectivo.

    Boas festas e continue a visitar-nos

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